Rueira! (“da rua”). Assim diziam, lá em casa, quando perguntavam, na nossa infância: Cadê Girlayne?

 


 A mesma carinha de sempre, comentou Flavia, quando viu essa foto na nossa mesa, ao chegar na nossa casa.

 

Se fosse um menino, masculino, ninguém reclamava da Rueira: a rua, a vida, os amigos, divertir-se, é o habitat que mais ensina e satisfaz. Patriarcado em cima dela, pra variar.

 

Aprendeu, muito bem, ela, Gi. Hoje a conhecem assim, no Brasil inteiro. Eu diria que até no exterior. AQUI, as redes sociais dela, Gi.

 

Sabe Lula, quando chora, porque no fundo ele se ressente de não ter podido frequentar universidades, no seu tempo?

 

Eu frequentei. E não vou cuspir no prato, mas a vida, a rua, os amigos, me divertir (e quebrar a cara, claro), me ensinou igualmente. Ou até mais. Escola da vida, sem desprezar a educação formal, dizia o mestre Paulo Freire.

 

Essa daí, da foto, aprendeu na escola. Aprendeu na vida. Aprendeu com as dificuldades. Aprendeu com a alegria. Aprendeu com tudo.

 

Mas, como dizia Paulo Freire, ninguém educa ninguém. Todos aprendem com todos. Na troca, no intercâmbio. Na vida, enfim. Lá vai ela, agora, ensinar e aprender no Conselhão. No mais importante conselho de política pública de todo o nosso governo federal. Foi nomeada e já assumiu como Conselheira, empossada pelo Presidente da República. 

  

Prepara o lencinho 🤧 Foi ao ar ontem, no horário de almoço das famílias, a  entrevista da nossa presidente @gicarvalhomdr e da secretária  @marcella.tmartins sobre a ONG MÃES DA RESISTÊNCIA. É gratificante

 

Isso de Meritocracia tem mais a ver com o verbo Poder do que com o verbo Querer.

 

E, no seu caso, da minha irmã, a Maternidade, que certamente a fez (também) acertar ao priorizar o tempo familiar, foi a que agora traz esses outros tantos méritos. Frutos deliciosos, muito bem plantados.

 

Não é por outro motivo senão pelas suas filhas, pela história de vida, que ela agora está onde está. Quem a conhece sabe disso muito bem.

 

Outro exemplo, que poucas pessoas sabem. É que uma das mais bonitas experiências de Orçamento Participativo do nosso imenso Brasil aconteceu em Olinda, quando a atual ministra Luciana Santos era a primeira prefeita comunista do país (assim ganhou a capa de importante revista). Agora, adivinhem quem organizava, com méritos, entre muitos, a estrutura de todo aquele gigantesco processo? Ela, a da foto com a bandeira, livros, um boneco e um sorriso lindo.

 

É muito interessante, pro serviço público, o reconhecimento público. A tal da Representatividade! Pra mim, a Linguagem, junto com a Representatividade, está transformando a sociedade para algo bem melhor. Tem tudo a ver com as Mães da Resistência. 

 

 Falta de acolhimento e desinformação inspiram mães a lutarem pelos direitos  LGBT

 

Por isso, universidades estão fazendo reparação histórica pelo mundo inteiro, concedendo importantíssimos títulos acadêmicos àquelas pessoas que possuem notório conhecimento público. Pessoas que não ajudam somente a si mesmas, mas que prestam um reconhecido e valioso serviço a toda a humanidade.

 

No privilegiado caso de quem conseguiu entrar (e sair da universidade), tudo é nada mais que complemento. Eu cheguei a trabalhar pro Governo, Brasília, alto escalão. Antes de migrar. Pra CUT, pro PT, pro MST, a Santíssima Trindade do movimento social brasileiro. Agora, leia o próximo parágrafo.

 

Recordo esses ilustrativos acontecimentos. Nossa mãe, por mérito próprio, passou de ser a “Mãe de Flavio, do PT” (e de casada com meu pai, sindicalista; e de filha do seu pai, também lutador social.  Nas minhas voltas ao Brasil, depois de anos morando fora, senti o orgulho de ser chamado assim, quando já não me reconheciam: aquele ali é o filho de Lia! O referencial melhorava. Agora era a vez da mulher que a vida empurrou a cuidar mais dos filhos do que da sua própria vida. Imagine da vida “dos outros” …

 

Com Layne (assim chamamos ela, em casa), está acontecendo o mesmo. Ainda bem. É questão de justiça. Não é A Filha de Lia. Nem muito menos A Minha irmã. É ela mesma. Como sempre foi. Nela, o Brasil vai reconhecendo que quando uma pessoa pode cuidar “dos filhos dos outros”, é que ressignifica o próprio conceito de comunidade (como nas ancestralidades africanas, desde sempre). Cada outro que ela cuida, é como se cuidasse dela mesmo. E de mim! E de ti!

 

Notem o já mencionado nome do coletivo que ela representa, agora mesmo, quando foi empossada no Conselhão (repito: o mais importante conselho de política pública, do Governo Lula). Lembram quando eu falei daquela opção por cuidar das filhas, das maternidades da vida? Pois aqui está.

 


 E isso ainda faz parte de algo mais.

 

Aqueles setores privilegiados, até mesmo dos que se dizem de esquerda, com medinho de perder espaço (e dinheiro e poder e prestígio político), decidiram fazer coro com os fascistas e dirigiram sua revolta oportunista (covardes) a atacar tudo aquilo que não era A (Sua!) Luta prioritária, da FORMA que ELES querem que seja, do alto do que a sua meritocracia protegia, outorgando a primazia que desde sempre lhes beneficiava. Deram até um nome, reducionista (claro): identitarismo. Hipócritas! Como se as lutas estivessem separadas. Eis a falácia.

 

Resistência não é contra fascista. Não é contra pseudo-esquerdista que reproduz (pelo privilégio, que cega) o fascismo que diz combater. Resistência é pela vida. É lutar pela vida. É defender mães, filhos, famílias, em todas as diversas formas de ser.

 

Felizmente, aumentou o reconhecimento pelas #MãesDaResistência. Graças às maternidades conscientes, como as da minha irmã, Girlayne.

 

Se gostou do que leu, agora vem o mais importante. APOIE. AQUI, a página web das Mães.

 

O "APOIA-SE" é a campanha de arrecadação das Mães da Resistência ✊🏳️‍🌈  Todo o trabalho desenvolvido pela ONG requer investimento, as participações  em marchas e paradas, viagens, a sede administrativa, confecção de
 

 

Sigam suas redes e contribuam com a campanha que elas criaram por meio da plataforma virtual “Apoie-se”.

 

A rua é dela. E nossa. Aquele abraço. Viva as Rueiras.

 

Barcelona, julho / agosto de 2025. 


 

@1flaviocarvalho

@amaconaima AQUI, siga e compartilhe

Comentários

  1. Apesar de tudo eu ainda estou aqui… e te amo! Aprendi tbm com você! Gi Carvalho (Girlayne/ Layne)

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    1. Então vamos sorrir. Sorriam. Que eu também te amo muito. Um beijo. E aquele abraço. Pro Presidente do Conselhão também.

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