Hoje é dia de Santa Eulália, La Laia, a primeira padroeira de Barcelona.

 Chove, porque dizem que são suas lágrimas, como a cada 12 de fevereiro.

 (Santa Eulália, admirada pelos seus torturadores)


Amanhã será 13, dia mundial do Radio.

Kika Serra faz rádio brasileira no exterior faz muitos anos.

Seu documentário, facilmente encontrado na Internet, chama-se Farselona.

Aborda uma cidade-fake. Assistam. É muito bom.



Santa Eulália nunca existiu. É uma reinvenção, 3 séculos depois, de uma lenda católica de Mérida, outra cidade, francesa. Assim como Santiago, aquele do caminho, de Paulo Coelho, também foi uma invenção do Vaticano, para arrecadar mais dinheiro, séculos antes do Bispo Edir Macedo descobrir que religião pode fazer milionários.


Sobre tudo isso, se quiser, busque pela radialista espanhola Nieves Concostrina.

Ela desmonta todos esses mitos, cada dia, na rádio SER, com base em muitos dados científicos.


Só se refere ao Vaticano como “La Empresa Multinacional”.

Nieves recebeu, anos atrás, um prêmio da Monarquia Espanhola, que ela todo dia chama de Corrupta. Não recusou o prêmio, como todos esperavam que iria acontecer. Ela foi receber. O Rei não veio.


 La Laia, boneca gigante de Barcelona.


A lenda da Laia, porém, diz muito.

Uma menina de 13 anos torturada até a morte na Idade Média.

A cidade de Barcelona está cheia de referências a ela.

No meu roteiro turístico guiado, BRAcelona, explico algumas coisas relacionadas.




Na praça principal de Barcelona há uma estátua de um Padre, ermitão, chamado Garí, que esteve na igreja mais famosa daqui, Montserrat. Poucos catalães sabem que a sua ação histórica mais emblemática foi estuprar uma menina, outra, de 13 anos, por uma tentação do diabo.




Ao pesquisar na Internet sobre Montserrat e Pedofilia aparecerão vários casos.

Não são de séculos atrás. E, sim, bem recentes. Infelizmente.



La Laia foi torturada em praça pública e em diversas imagens antigas aparece “sexualizada”, não tão infantil e com os peitos de fora. Mesmo dizendo a lenda que seus peitos foram arrancados, depois de queimado com azeite quente, antes de ser “rodada” dentro de um barril cheio de pregos, por uma rua desta cidade que ainda existe: a Baixada de Santa Eulália. Foram 13 torturas. Uma para cada ano da sua idade.


Com essa (his)estória, acabou sendo substituída por La Mercè, a atual padroeira (feriado; Santa Eulália, não). A catedral gótica de Barcelona, dedicada a La Mercè, é de um falso gótico. Kika explica.




O meu roteiro turístico não é mentira. Voltará, em breve, a acontecer. Quer ver?

Paulo Coelho não vai gostar...




Para mais HIStórias, como essa, basta me seguir. Em @vidatourbarcelona, por exemplo.


Aquele abraço. Viva Kika, Nieves e A Laia, mesmo falsa. Eu não sou da sua Laia mesmo.


 (Na Catalunya Radio)



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